quinta-feira, 12 de agosto de 2010

ESPAÇOS DE LAZER PRA JUVENTUDE

Como já dissemos várias vezes por aqui, o objetivo desse blog é conversar, mostrar as opiniões da galera e pensar políticas públicas para a juventude e, é claro, falar de entretenimento, cultura e tudo mais que nos interessar.
Então, achamos que seria interessante saber um pouco sobre o que vocês pensam para espaços de lazer pra juventude. Ou seja, existem espaços nos grandes centros urbanos destinados ao lazer da juventude? Praças, teatros, pistas de skate, cineclubes... Podemos resgatar o recente e trágico, caso da morte do filho da Cissa Guimarães, Rafael Macarenhas, de 18 anos, morto por atropelamento enquanto andava de skate em um túnel interditado, no Rio de Janeiro.
A partir desse caso, que não é o único, podemos refletir sobre a necessidade de construção de espaços para o lazer dentro de grandes centros urbanos e a efetivação de políticas públicas voltadas a juventude. A realidade é que hoje a juventude urbana é carente de espaços voltados ao lazer, o que acarreta, entre várias coisas, a inserção no mundo do crime, da prostituição, do tráfico de drogas, além de acidentes como este que envolveu o jovem Rafael, na verdade incidentes como esses são quotidianos, porém não costumam ir para os jornais quando são as vítimas anônimas !
Pensando nisso, nós achamos que o lazer é um direito de todos/as e que a juventude tem que se apropriar desse tema. Procuramos e achamos alguns projetos beeeem interessantes que tratam do tema. Vamos lá, então:


Esse é o projeto Praça da juventude para o qual foi destinado da bancada paraense 10,5 milhões para erguerem essas estruturas tão importantes para a juventude de baixa renda do estado, e o mais importante, o projeto abrange também cidades do interior do estado, em que o índice de trabalho infantil e de adolescentes, assim como o consumo de drogas e a prostituição é alto. Mais ainda, leva espaços como esses para regiões onde o acesso à cultura e o lazer é mais dificil.
As cidades que serão beneficiadas pela construção dessa estrutura serão Belém, Parauapebas, Curionópolis, Redenção e Abaetetuba.
Outro projeto importante que já está em andamento no estado é o espaço Casa da Juventude que agrega vários cursos de formação profissional para a juventude e estimula expressões artisticas como o teatro. O espaço conta com uma área de lazer e hoje já possui um grupo de teatro que inclusive se apresenta em festivais pela cidade.
Pensar o lazer como elemento do cotidiano faz parte de discussões recentes. Segundo a pesquisadora Jéssica Paiva França, pesquisadora do programa de pós-graduação em Ciencias Sociais da UFPA, o tema só passou a ser investigado pelas Ciências Sociais em meados do século XX, durante o processo de industrialização e urbanização no mundo. Entretanto, um lazer pensado ainda como “tempo livre, enquanto sobra do tempo de trabalho”. Acompanhando as concepções do tema, os debates sobre direito, cidadania e participação impulsionaram as reflexões do lazer no âmbito das políticas públicas. Na constituição de 1988, o lazer se configurou como direito social, direito do trabalhador, práticas desportivas para promoção social e dever das famílias sobre crianças, jovens e idosos.
A pesquisa realizada pela professora também investigou outras percepções sobre a temática “lazer”. Foram entrevistadas cerca de 30 pessoas, escolhidas aleatoriamente, nas praças Batista Campos e da República. Um dos questionamentos era: existem políticas públicas de lazer em Belém? 57% dos entrevistados afirmaram ignorar qualquer política nesse sentido. Os dados revelam que as reivindicações de ações nessas áreas são pequenas, pois o lazer ainda não é reconhecido como um direito. Mas, o que seriam políticas públicas de lazer? Para 63% dos entrevistados, política pública de lazer refere-se à criação e manutenção de espaços públicos voltados para esse fim.
Diante da multiplicidade de indagações, algumas questões aparecem: afinal, o que seria lazer? O lazer estaria diretamente relacionado à criação de espaços? Jéssika França defende o lazer como cultura em sentido amplo - qualquer atividade pode ser considerada lazer desde que gere prazer ao ser humano.
Para a professora, “a dinâmica dos espaços está sendo pensada dentro de uma lógica mercadológica de construção de redes de infraestrutura, deixando para último plano as experiências resultantes das vivências de lazer, as possibilidades de sociabilidade, a humanização e o exercício da cidadania”. Para modificar esse quadro, a pesquisadora incentiva maior participação da sociedade civil na construção de ações públicas no campo do lazer, a fim de melhor contemplar os anseios e as necessidades de todos.

Vamos lá juventude, o que vocês acham disso??
Comenta aí.

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